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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Super entrevista com Karyn Teixeira, Pedagoga, Coordenadora e Escritora da Página “Diálogo com seus Filhos”. Confira!

Nome: Karyn Liane Teixeira
Idade: 39
Natural: Curitiba-PR
Formação/profissão: Pedagoga
 Acorda Petrópolis - Fale um pouco sobre sua história:
Desde pequena eu tinha muita vontade de ser professora. Fui crescendo e minha vontade de trabalhar com crianças só aumentava. Ingressei na faculdade de Pedagogia e comecei a dar aulas para a educação infantil. Mas meu destino acabou sendo outro. Após minha conclusão de pós-graduação em Informática na Educação, comecei a trabalhar com formação de tecnologia educacional para professores. Foram mais de 10 anos coordenando projetos, palestrando e ensinando professores a usar o melhor da tecnologia com seus alunos. Acabei me tornando mestre pela Universidade de Lisboa e nesse período conturbado fiquei grávida. Quando meu filho nasceu, toda aquela vontade de trabalhar diretamente com crianças voltou à tona. Hoje meu filho tem sete meses e fico com ele em tempo integral. Aprendi muito nesse período e decidi seguir a função de blogueira para escrever sobre temas que envolvem família e educação.
 Acorda Petrópolis - Você criou uma página para diálogo entre país e filhos, comente. A questão de ser mãe contribuiu de alguma forma?
Sim com certeza. O blog “Diálogo com filhos” nasceu com o objetivo de compartilhar minhas experiências educacionais especialmente com pais e mães. Contém publicações de matérias com intuito de promover maior vínculo entre pais e filhos dentro de um contexto educativo. Como mãe, acho que as dicas ajudam muito no nosso dia a dia corrido.
 Acorda Petrópolis – Como surgiu a ideia para a criação da página?
Surgiu com duas funções: a primeira, como mãe, de trazer dicas para fortalecer laços entre pais e filhos. Quem trabalha o dia inteiro e sofre com a correria do dia a dia se sente muitas vezes culpado por não dar muita atenção aos filhos. E tenta compensar com presentes, o que é um erro. O blog tem objetivo de criar uma cultura de maior vínculo entre pais e filhos, mesmo com a correria no dia a dia e a falta de tempo. Qualidade é mais importante que quantidade nas relações familiares e propostas educativas ainda ajudam no desenvolvimento cognitivo dos filhos. A segunda função do blog foi pensado como educadora. Nossas escolas estão assumindo um papel que vai além de suas funções, que é a educação familiar das crianças. A escola é uma extensão da educação em casa, ela tem a função de sumária de escolarizar. E educar é muito mais que isso. Imagine um professor ter que educar uma sala de aula com 30 alunos? Lidar om emoções e valores de cada um? Melhorar as relações em casa com os pais só vai aproximar ainda mais a escola e a família em uma relação mais saudável.
Acorda Petrópolis - Você considera importante a criança frequentar escolas de Educação Infantil?
Considero sim. Com as famílias cada vez menores e com filhos únicos, a escola se torna fundamental no processo de socialização. As crianças aprendem mais rápido, porque se relacionam com mais frequência com outras crianças da mesma idade e não só com adultos. A educação infantil traz bases que a criança leva para a vida toda. Aprendem a se frustrar também, o que é horrível para os pais, mas uma experiência fundamental para os filhos. É claro que isso não acontece com os bebês, que, por necessidade das mães trabalharem, precisam ir muito novinhos para as creches. Mas a partir dos dois anos, aconselho a matrícula em uma boa escola de Educação Infantil independente se a criança tem ou não com quem ficar em casa.
Acorda Petrópolis - O que você entende por infância?
Infância é a fase mais mágica e maravilhosa da vida de um indivíduo. Ou pelo menos deveria ser. É a fase de maior aprendizado e desenvolvimento humano, que acontece principalmente quando a criança brinca. O ato de brincar é indispensável na infância e traz muito mais benefícios para sua formação de vida do que imaginamos. E é a fase em que devemos por limites, porque a criança acha que pode tudo. E ela precisa ser orientada, pois não sabe fazer discernimentos do que é certo ou errado e não sabe expressar com clareza o que está sentindo. Por isso faz birras. Para uma criança ter uma infância feliz, é preciso dar muito amor, colocar limites sem ser autoritário e gerar confiança, dando a ela espaço para se expressar e usar a imaginação por meio das brincadeiras.
Acorda Petrópolis - Quais os desafios impostos ao profissional de Pedagogia, no seu ponto de vista?
Uma dos desafios eu já mencionei: ter que assumir uma educação mais ampla com os alunos, que é uma tarefa para os pais. Mas há muitas outras, que são vivenciadas não só por pedagogos, mas por professores em geral. Conviver com alunos que trazem uma bagagem emocional muito negativa e ter que lidar com isso. Vencer a indisciplina para poder exercer o seu papel.  Trabalhar em muitas situações com recursos escassos. Encontrar tempo para aprender, estudar e se atualizar para dar conta do seu próprio trabalho. E o pior: conviver com a falta de valorização profissional que não recebemos do governo, dos pais, dos alunos e da própria comunidade escolar. Vira mais um trabalho por amor do que pela carreira e o salário ainda é uma vergonha nesse país.
Acorda Petrópolis – Num comparativo: dentro do local onde trabalhava e o que faz agora com o site qual o fator que lhe ajudou a desenvolver sobre o assunto, ou não houve? Explique:
Houve sim. Conheci muitas escolas publicas e particulares no Brasil todo. Vi realidades de alunos e dificuldades dos professores. Mas vi muitos trabalhos nas escolas que me orgulhavam de ter escolhido minha profissão. Alunos e professores dedicados e comprometidos com a mudança do ensino para melhor. Pais participativos, abertos ao diálogo com a escola. Tudo isso é fator de inspiração para o meu blog. Se alguns pais fossem mais participativos na vida escolar dos filhos e se fossem mais comprometidos nas relações com eles em casa, isso refletiria com mais positividade nas escolas com certeza!
Acorda Petrópolis - Em sua opinião a crise atual influencia na questão educacional no país?
A Educação sempre foi valorizada nos discursos políticos, mas não é o que vemos na prática. Com a crise, vemos governos cortando gastos significativos nessa área, o que mostra o descaso total com a Educação. Escolas fechando, verbas cortadas, merendas desviadas. O ensino público no Brasil grita por socorro. Do outro lado, as escolas particulares “pagam o pato” por não ter condições de investir mais e de não aumentar a mensalidade para não perder mais alunos. Também sofrem horrores com a inadimplência de pais desempregados e mesmo assim não podem impedir o aluno de frequentar a escola. Se o pai precisa priorizar as contas, a escola eventualmente acaba ficando no final da lista.
Acorda Petrópolis – Você escreve seus artigos em cima da teoria, como isso se desenvolve na prática?
Muito do que escrevo já vivenciei na prática, seja nas escolas ou na observação de outras famílias. Tenho sobrinhos também, que acabam abrindo excelentes oportunidades para vivenciar variadas situações. Leio muitos depoimentos de mães e pais aflitos e pesquiso muito sobre o assunto. E o que escrevo é considerado sempre como sugestão e dicas. Não deve ser visto como manual a ser seguido à risca e sim intermediado nas relações cotidianas ou naquilo que os pais estão precisando melhorar.
Acorda Petrópolis - Qual foi a melhor conquista que já obteve?
Minha vida profissional sempre foi bastante desafiadora e rendeu excelentes conquistas. Mas nenhuma se compara à conquista do meu papel de MÃE. É fácil falar do filho dos outros, dar conselho para os outros. Mas quando se é mãe ou pai, muita coisa começa a fazer sentido e outras não mais. Você pensa duas vezes antes de falar algo que não seja, em primeiro lugar, bom para SEU filho. Cada dia é um desafio e uma conquista diferente. Ver seu filho crescer saudável, inteligente e amoroso é a melhor conquista que uma mãe pode ter. E é isso que desejo aos pais e mães que leem meu blog.
Acorda Petrópolis – Tem vontade de trabalhar diretamente com crianças? Comente.
Tenho sim e espero que isso aconteça em breve. As crianças não só nos proporcionam experiências profissionais incríveis, como nos dão muitas lições de vida.
 Acorda Petrópolis - Qual o papel dos tablets, smartfones, da internet em si na Pedagogia?
Os tablets e smartphones fazem parte da vida das nossas crianças como o videocassete fez da nossa vida. Não há como fugir disso. Ignorar essas tecnologias no ambiente escolar só irá fazer com que o aluno não se sinta parte daquele ambiente, porque não é o que ele vivencia no dia a dia. E vai trazer desmotivação e desinteresse. Há muitos exemplos de projetos interessantíssimos na internet com escolas utilizando esses equipamentos, trazendo resultados fantásticos para os alunos e que podem ser usados como modelo. Obviamente, esses aparatos não precisam estar presentes o tempo todo no período escolar. Defendo totalmente o uso de smartphones e tablets somente com objetivos pedagógicos. Não faz o menor sentido o aluno ficar postando piadas no Facebook ou enviado mensagens no whatsapp para amigos durante a aula. Tudo tem que ter critério e limite. Cabe a nós, professores e pedagogos, orientar os alunos para o bom uso dentro dos espaços escolares e informá-los sobre os perigos da exposição excessiva em redes sociais. O problema não está só nos equipamentos e sim na maneira como são usados. A internet traz muitas possibilidades de atividades incríveis, mas deve ser analisada criticamente. Não é um ambiente totalmente seguro e nem tudo que está escrito lá é verdadeiro. Portanto, não podemos ignorar completamente o mundo digital nos espaços escolares, que hoje é uma realidade presente na vida de crianças e jovens do mundo todo. Além disso, em muitos casos, é a própria escola que oportuniza a inclusão digital de alunos carentes. Privá-los disso pode fazer com que eles tenham mais dificuldades em enfrentar o mercado de trabalho futuramente. Se hoje o domínio das novas tecnologias já é requisito básico para muitos empregos, imagine no futuro.
 Acorda Petrópolis -
 Deixe um recado aos leitores do Acorda Petrópolis e o público que segue sua página.
Se você tem filhos, deve saber que o tempo não espera. Esses dias eu vi uma mensagem no Facebook que dizia o seguinte: “Previsão do tempo: ele tá passando”. Seus filhos hoje são pequenos, mas amanhã serão adultos. Seus filhos querem um pouco do seu colo hoje, mas amanhã eles não terão tempo para te dar um beijo de bom dia porque precisam correr para o trabalho. Seus filhos hoje querem um tempinho seu para brincar com eles. Amanhã, eles estarão saindo com os amigos à noite e te deixarão sozinho em casa. E você vai sentir falta do tempo que não teve com eles. Por mais louça que tenha para lavar, casa para limpar, trabalhos do escritório para fazer em casa, priorize sempre um tempinho com seus filhos. Meia hora, uma hora, quinze minutos por dia. Não é quantidade de tempo, mas a intensidade da sua presença que faz a diferença. Que sua companhia seja divertida, produtiva, sincera. Olhe seu filho nos olhos quando falar com ele. Mostre a seu filho que ele pode confiar em você, para que quando ele precisar, seja você a pessoa com que ele decidiu se abrir. Para os males do mundo há somente uma cura: o amor. Ame seus filhos como se fosse seu último dia de vida. É o melhor legado que você pode deixar para eles!

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