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sábado, 27 de novembro de 2010

Língua Brasileira de Sinais - Libras

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Pedagogia


Elizane Faria mozer
Luzia de Fátima da  Silva Pereira
Monique Bertoldi Maurício




Língua Brasileira de Sinais - Libras


Petrópolis
2010



 Introdução

Uma  das  discussões  centrais  na  área  de  educação  decorre  da  atual  política nacional de  educação que preconiza  a  educação  inclusiva, ou  seja,  aquela organizada para atender a  todos. A atual política do Governo Brasileiro é  incluir alunos com necessidades educativas especiais  em  turmas  regulares, oferecendo as mesmas oportunidades de frequentar classes regulares próximas à sua moradia.
A proposta de inclusão defende a necessidade de um programa educacional adequado às capacidades dos diferentes alunos e que promova desafios a todas as crianças atendidas. Destacam também a importância de oferecimento de suporte e assistência às crianças com necessidades especiais e aos professores, para que o atendimento seja o melhor possível.
Contudo, muitos problemas são enfrentados na implementação desta proposta, já que a criança com necessidades especiais é diferente e o atendimento às suas características particulares implica formação, cuidados individualizados e revisões curriculares que não ocorrem apenas pelo empenho do professor, mas que dependem de um trabalho de discussão e formação que envolve custos e que tem sido muito pouco realizado.
Portanto, a inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas especiais atualmente, no Brasil, é um desafio. Neste grupo enquadram-se os sujeitos surdos e várias são as dificuldades ou problemas que entram o processo que tenta facilitar a inclusão dos deficientes auditivos do ponto de vista social, como: falta de comunicação oral, que prejudica sensivelmente o aprendizado;  aplicação de metodologias não contextualizadas coma realidade sócio-cultural do aluno e falta de preparo da maioria dos educadores atuantes.
A questão de maior relevância para a obtenção de bons resultados educacionais no que se  refere  à  criança  surda,  é levar em consideração suas condições  linguística  e  cultural. Se a escola inclusiva tem o compromisso com o respeito  à  pluralidade  cultural  e  o  acolhimento  às  diferenças  individuais, no trabalho com os surdos, deve-se reconhecer a diferença linguística relativa aos mesmos que, pela falta da audição, necessitam do acesso  a  experiências  linguísticas mediadas por uma  língua que não ofereça barreiras  à  sua interação e aprendizagem: a língua de sinais.
Entendemos, assim, que apenas por meio da proposta da educação bilíngue, que é aquela que reconhece a Libras como primeira língua da criança (pois é adquirida pelos surdos brasileiros de forma natural, mediante os sinais) surda brasileira e a Língua Portuguesa como segunda. Esta proposta possibilita os  surdos uma  educação  que  os  respeita  em  sua  particularidade/especificidade linguística, permitindo um agir social de forma autônoma a partir de uma formação digna e de respeito à sua diversidade.
Contudo, cabe ressaltar a necessidade dos professores, senão dominarem fluentemente a LIBRAS, pelo menos conhecerem minimamente, esta modalidade.
No  entanto, não  é  isso que ocorre  com  frequência nas escolas.  As  crianças  surdas,  de  forma  geral,  não  tem  tido  seu  direito  à  educação respeitado,  pois  devido  à  sua  dificuldade  de  acesso  à  língua  utilizada  pela  maioria, ficam atrapalhadas nos processos de ensino-aprendizagem; como consequência, após anos de escolarização,  é  comum  estas  não  apresentarem  um  domínio mínimo  dos  conceitos  e conteúdos ministrados, necessários ao  seu desenvolvimento e à  sua adequada  inserção social. 
Diante disso, nos propomos a fazer uma pesquisa no objetivo de encontrar experiências de professores que trabalham ou trabalharam com alunos surdos, procurando identificar problemas e soluções no trabalho com estes alunos e para tanto, analisaremos dois relatos de inclusão de alunos surdos realizados em escolas de nosso estado.  

Relato 1

O primeiro relato faz parte de uma pesquisa de Lodenir Becker Karnopp e Madalena Klein realizada em 2007 com professoras participantes de um curso de capacitação no ensino da Língua Portuguesa para surdos. Aplicaram questionários com perguntas abertas.
Eu sou professora da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos do Rio de Janeiro. Esta é uma Associação da sociedade civil, filantrópica, assistencial e educacional, sem fins lucrativos, que busca: auxiliar a orientação aos Surdos e suas famílias; promover integração família-escola-comunidade; realizar encontro e conferências, destinados aos Surdos e seus familiares para o atendimento do problema, e objetivar o aperfeiçoamento de todos os que trabalham na área da surdez; buscar parcerias com órgãos públicos, entidades privadas, particulares e à comunidade de maneira geral, visando o interesse pelo conhecimento e a solução dos problemas pertinentes aos surdos com o propósito de assegurar-lhes uma maior proteção, integração e participação na sociedade.
Buscando cumprir essas metas, desenvolvemos diferentes projetos – LIBRAS; Alfabetização e aprimoramento da língua portuguesa como 2º língua; História Local; Expressão Corporal; Oficina de Artesanato; Informática e Lógico-Matemática. Prestamos assessoria aos alunos do Ensino Regular e também realizamos apoio pedagógico aos alunos que necessitam.
Iniciei nessa instituição em 2005. Foi nesse período que tive meu primeiro contato com LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais e também comecei a desenvolver melhor a comunicação com a Comunidade Surda do Rio de Janeiro. Aos poucos aprimorei questões sobre regras de comunicação, frases, diálogos, expressões faciais... Em setembro do mesmo ano fiz um Curso de LIBRAS I, promovido pela FCEE em parceria com a FENEIS – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos.
Esta minha experiência na associação, me possibilitou trabalhar numa escola que era aberta a presença de intérprete de LIBRAS na proposta da inclusão. A escola que leciono faz parte de um projeto educacional para surdos, o qual pretende atender as exigências apontadas no decreto 5.626/05, que regulamenta a língua de sinais brasileira (Libras)como língua de instrução, além de prever outras adaptações na escola e no currículo.
Quando da entrada do aluno surdo nesta escola, a direção se mostrava interessada e afirmava que seria feito um trabalho conjunto para o sucesso da inclusão: coordenação, professores, intérprete, família, fonoaudióloga e alunos. Todavia, após o início do ano letivo, poucos encontros ocorriam, quando sim, só ocorriam mediante a solicitação das intérpretes e da fonoaudióloga. A escola julgava a inclusão bastante satisfatória e não via necessidade de discussões.
Apesar das solicitações feitas pelas intérpretes e pela fonoaudióloga do aluno surdo, não eram realizadas reuniões de planejamento para oferecer mais informações sobre a surdez, sobre o aluno surdo, sobre a adequação das estratégias em sala de aula e sobre o papel do intérprete aos novos professores. A direção escolar prometeu tais reuniões, mas não as realizou, alegando falta de horário disponível.
As dinâmicas de aula variavam de acordo com cada professor e com os conteúdos, mas havia um predomínio de aulas expositivas com uso preferencial do quadro negro como apoio para as explicações.
Eventualmente, eram usados recursos como vídeos, mapas ou transparências.
Em geral, os alunos assistiam e participavam respondendo a perguntas em aulas expositivas, mas com alguma frequência eram realizadas atividades em grupo, que se alternam bastante e não tinham uma configuração estável.
O aluno surdo estava sempre acompanhado de uma das intérpretes (que se revezavam em dias alternados da semana) e esta se sentava ao seu lado, ou na frente da classe, dependendo do tipo de atividade proposta.
Foi nesta “pano de fundo” que me vi inserida. Tenho tentado fazer o melhor possível neste espaço adverso e cheio de dificuldades de relação, já que muitas vezes o professor regente não assume seu papel diante do aluno surdo, delegando funções a nós, intérpretes ou propondo atividades que não fazem qualquer sentido para este aluno. Nos sentimos excluídas do processo educacional, à margem, pois somos vistas como ameaça, apesra disso, busco fazer o melhor possível para que o aluno surdo desenvolva suas potencialidades no espaço escolar.
As pesquisadoras concluem que o desconhecimento sobre a surdez e sobre suas implicações educacionais, dificuldades na interação professor/intérprete e a incerteza em relação ao papel dos diferentes atores neste cenário se constituem nas maiores dificuldades no trabalho com surdos.
A questão da falta de um planejamento conjunto, da falta de um trabalho de equipe e de uma concepção mais clara do que signifique aceitar um aluno surdo em sala de aula também foi trazida pelas intérpretes.
Afirmam ainda que, a presença do intérprete de língua de sinais não é suficiente para uma inclusão satisfatória, sendo necessária uma série de outras providências para que este aluno possa ser atendido adequadamente:adequação curricular, aspectos didáticos e metodológicos, conhecimentos sobre a surdez e sobre a língua de sinais, entre outros.

                       Relato 2

O segundo relato faz parte de uma pesquisa realizada por Ely Souza e Josenete Ribeiro Macedo. O estudo foi realizado na E.E.E.F.M. “Vera Simplício” em uma turma de 2º ano em Belém do Pará no ano de 2002.
Trabalharam dentro do enfoque qualitativo adotando estudo de caso, como suporte para adquirir informações por intermédio dos professores, verificando a qualidade do ensino aplicado aos deficientes auditivos, incluídos no ensino regular. Foi aplicado um questionário com perguntas abertas para a coleta de dados que foram analisados qualitativamente.
Etapa 1: Foi aplicado questionário em anexo com questões para os professores, com a finalidade de investigar o seu desempenho escolar.
Etapa 2: Foi desenvolvida dentro da sala de aula onde observaram o comportamento e desempenho e quais as suas maiores dificuldades, utilizando um roteiro para servir de guia.
Tenho 2 alunos surdos que ainda estão no 2º ano em processo de alfabetização. A dificuldade maior é a falta de um canal de comunicação, pois eu não conheço a linguagem do surdo, no meu ver, o único meio de poder se comunicar com o aluno, e ainda mais, o professor precisa ter certa experiência, certo conhecimento para lidar com o surdo.
Reconheço que todos somos cidadãos com direitos e deveres, portanto devemos conviver juntos e o aluno surdo deve fazer parte do contexto social, o surdo não deve ficar mais isolado na classe especial. Ainda assim, confesso que não sei o que me levou a assumir um trabalho sem ter o mínimo de formação; talvez o sentimento de obrigação, afinal, sou profissional da educação, o sentimento de ‘pena’ porque eles estavam praticamente abandonados, sentimento de culpa, por não ter buscado conhecê-los e sua realidade...
Em minha classe, estou trabalhando a linguagem oral e escrita, tentando desenvolver algumas atividades em língua de sinais pois tenho muita dificuldade em repassar os assuntos que estão sendo dados na minha aula.
Não sei língua de sinais, acho muito difícil falar com as mãos, passo as atividades normalmente para todos os alunos, falo normalmente não dá para fazer sinal durante as aulas, uma vez que não sei usar este método.
De maneira normal, tento fazer com que os alunos surdos, percebam o que estou querendo transmitir para eles. Falo normalmente como já disse, sento de frente para eles perceberem o que estou querendo dizer, mas é muito difícil para eles entenderem as minhas palavras, as vezes fico preocupada, ansiosa, nervosa e até triste por sentir toda essa dificuldade em trabalhar com esses alunos.
Contudo, estou procurando me preparar aos poucos, porque sei da necessidade de conhecer as novas metodologias para atuar com esses alunos. Sei que não será fácil, e este curso que estou fazendo está ajudando muito. Ao mesmo tempo, pretendo fazer todos os cursos possíveis que estiverem ao meu alcance. Na escola pretendemos nos reunir com os outros professores para estudar e planejar as aulas na medida do possível.
Hoje, sinto-me realizada por estar atuando nesta área da surdez, pois preciso cada vez mais buscar, para aprender e poder repassar novos conhecimentos.
Nós, que trabalhamos com a educação de surdos, sentimos muita falta de apoio, pois nos sentimos sozinhas nesta área, pois não ficamos sabendo dos acontecimentos e eventos relacionados aos surdos. Pouco material didático e pedagógico, falta computador, vídeo, TV, campainha, telefone, ausência de instrutor, intérprete, dicionário, programas para computador, DVD atualizado de histórias surdas, livros sinalizados, formação continuada, e o professor não tem recursos financeiros para adquirir certos materiais, o que inviabiliza um trabalho com maior qualidade.
Os alunos ouvintes têm uma boa convivência com os surdos, são amigos, procuram estar sempre juntos, ajudando os colegas nas suas atividades.
As pesquisadoras concluem que, a mínima formação dessa professora não impediu o início de seu trabalho com os surdos. Porém, é salientada a importância da formação continuada dos docentes envolvidos na Educação dos Surdos.
Sobre os recursos materiais e humanos, ficou implicito a necessidade de intérpretes, instrutores surdos, professores especializados e de materiais pedagógicos. Reconhece-se que o trabalho com surdos necessita que o professor esteja sempre repassando a sua prática pedagógica.

                          Conclusão
                          O presente estudo teve como objetivo discutir as experiências das professoras no processo de inclusão do aluno surdo no ensino regular de ensino.  Utilizamos a análise de dois artigos como método para  a investigação do trabalho em escolas básicas do ensino fundamental que integram alunos surdos.
Se a educação inclusiva consiste em um sistema de ensino de qualidade  que  atenda  a  todos,  exigi-se  um  novo  posicionamento  das  escolas  quanto  à reestruturação,  o  aperfeiçoamento  dos  professores,  de  suas  práticas  pedagógicas, da reformulação das políticas educacionais e implementação de projetos educacionais inclusivos.
A discussão proposta refere-se ao processo de inclusão, destacando as  experiências vivenciadas pelos professores neste processo, já que discussão sobre a inclusão de surdos no contexto educacional, tem sido palco para várias reflexões. Sabemos que não basta somente que o surdo frequente uma sala de aula, mas que seja atendido nas suas necessidades.
Sobre o primeiro relato, podemos destacar o papel que a direção precisa desenvolver rumo à um trabalho que valorize todas as diferenças e que esteja pautado nos objetivos de uma educação que vise à valorização do exercício da cidadania, o desenvolvimento biopsicossocial do indivíduo e a sua preparação para estar inserido nos mais variados contextos sociais. Verificamos que é preciso haver um projeto político-pedagógico que reconheça as diferenças e garanta a construção de uma escola para todos, assentado no princípio social da inclusão e que prepare o professor para que esteja comprometido com a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com deficiência auditiva. Ao contrário, o que vimos foi o descaso com a importância da inclusão verdadeira.
A LDB, nº 9394/96 estabelece que  os  sistemas  de  ensino  deverão  assegurar,  principalmente,  professores  especializados  ou evidamente  capacitados,  que  possam  atuar  com  qualquer  pessoa  especial  na  sala  de  aula, portanto os surdos têm direito de ter um intérprete auxiliando na comunicação surda x ouvinte. Pensamos que essa questão está além da legalidade, sendo antes de tudo, uma necessidade. Sobre essa questão, precisa-se haver discussões constantes sobre a tarefa de cada um no espaço inclusivo, atribuições e trocas de percepções se mostram essenciais e são um primeiro passo para uma convivência tranquila e que possa trazer ganhos efetivos ao aluno surdo, para que assim, não ocorra um sentimento de disputa, descaso ou até de desprezo, como acompanhamos no primeiro relato.
No segundo relato, vemos que a professora apresenta falta de preparo para atuar junto ao aluno surdo. Devido à falta de comunicação oral do educando, a professora deveria ter conhecimento da língua de sinais para que o aprendizado não fosse prejudicado. Este despreparo se evidencia ainda, na falta de metodologias contextualizadas com a realidade destes educandos, o que talvez possa ser justificado pela falta de recursos disponíveis. Os depoimentos relevam ainda que tanto a escola quanto os professores conhecem muito pouco sobre a surdez e suas peculiaridades, não compreendendo adequadamente o aluno surdo, sua realidade e suas dificuldades de linguagem etc.
Para concluirmos, julgamos ser relevante ressaltar a contribuição do professor de sala de aula que tem papel fundamental nesse processo que lida diretamente com o aluno surdo. Para que a inclusão do aluno surdo avance, é imprescindível que haja o esclarecimento para os alunos ditos normais, para os familiares e toda comunidade escolar.
Constatamos que a inclusão é um grande desafio, ainda assim, vemos que estas professoras estão dando sua contribuição e enfrentando este desafio, aceitando o ingresso e permanência do educando surdo no ambiente escolar, tratando-o de maneira igual aos outros, já que o princípio fundamental da escola inclusiva é de que todos os alunos sempre que possível devem aprender juntos independente de suas dificuldades ou diferenças.
Concluindo, para que a inclusão realmente aconteça na escola e na sala de aula, é importante que o  professor  e  os  demais  colegas  ouvintes  conheçam mais  sobre  a  cultura  surda  e  busquem formas  de  estabelecer  uma  comunicação  com  os  colegas  surdos,  seja  através  da  libras  ou outros meios de comunicação. 
Refletindo sobre os artigos, podemos afirmar que os resultados evidenciam a necessidade de dar continuidade ao processo de formação dos professores que atuam com alunos surdos, pois um dos aspectos relevantes da pesquisa, refere-se à forma de comunicação utilizada pelos alunos surdos, sendo que a comunicação através da Língua de Sinais e não da linguagem oral, demonstrou ser o maior obstáculo que dificulta o processo de inclusão.
Referências Bibliográficas:

ALMEIDA, Josiane Junia Facundo de. Apostila de Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS do Curso Superior de Pedagogia / módulo VII. Londrina: UNOPAR, 2009.

SOUZA, Ely. Inclusão social do surdo: um desafio à sociedade, aos profissionais e a educação. 2002.
Disponível em:www.nead.unama.br/site/bibdigital/.../inclusao_social_do_surdo.pdf. Acesso em: 18/11/2010.

LACERDA, Cristina Broglia Feitosa. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Sem ano. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ccedes/v26n69/a04v2669.pdf. Acesso em 15/11/1010.

KARNOPP, Lodenir Becker. Narrativas de professoras sobre a(s) Língua(s) na Educação de Surdos. jul/dez 2007. Disponível em: seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/.../6650. Acesso em 10/11/2010.




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