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segunda-feira, 28 de março de 2011

Alfabetizar é Construir


Seguindo a linha de pensamento da pesquisadora Emília Ferreiro, entende-se que a arte de alfabetizar vai muito além de quadro e giz. Envolvem conhecimento profundo da vivência do aluno, conhecimento do professor, materiais, técnicas, métodos e muito apoio para se desenvolver um trabalho de equipe. Numa alfabetização construtivista, estimular aspectos motores, cognitivos e afetivos, são essenciais unidos ao contexto sócio-cultural do aluno, para que se possa fazer análise desses dados , necessita-se definir a prática da alfabetização, onde acredita-se na prática da pesquisa e interação de conhecimentos.
Emília Ferreiro destaca níveis estruturais da linguagem escrita que são: Nível Pré-Silábico, Nível Alfabético. Segundo dados coletados em livros e pesquisas feitas na internet , o nível pré-silábico, não se busca correspondência com o som. A criança diferencia desenho e escrita, utiliza duas ou três letras para escrever palavras. Além disso, percebe que necessita variar os símbolos para obter novas palavras.
No nível silábico: divida-se em silábico e silábico alfabético. Sendo assim, no silábico a criança diferencia o fonema "som" da "letra" grafia. Utilizando aleatoriamente ora consoantes, ora vogais, em alguns momentos inventa e repete letras de acordo com o número de sílabas das palavras. Já no nível alfabético, a criança entende que a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores.A identificação do som não é garantia de identificação da letra. E que para escrever precisa de análise fonética das palavras.
Assim sendo, segundo SAMPAIO, (2004) destaca-se o processo da construção da escrita:
Na fase 1, início dessa construção, as tentativas das crianças dão-se no sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no cotidiano. O que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um "lê" em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Nesta fase, a criança elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto ou ser a que está se  referindo.

Na fase 2, a hipótese central é de que para ler coisas diferentes é preciso usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas formas de letras que é capaz de reproduzir.
Nesta fase, ao tentar escrever, a criança respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas, (não podem ser repetidas).


Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida.
A criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na fase 4 ocorre, então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O conflito que se estabeleceu - entre uma exigência interna da própria criança (o número mínimo de grafias) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com que ela procure soluções. Ela, então, começa a perceber que escrever é representar progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça corretamente.
Na fase 5, finalmente, é atingido o estágio da escrita alfabética, pela compreensão de que a cada um dos caracteres da escrita correspondem valores menores que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois movimentos para ser pronunciada necessitarão mais do que duas letras para ser escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses elementos simples, formarem a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas sobre as quais não se tenham exercitado.
           A criança tem a sua frente uma estrada longa, até chegar à leitura e a escrita da maneira que nós, adultos, a concebemos, percebendo que a cada som corresponde uma determinada forma; que há grupos de letras separados por espaços em branco, grupos estes que correspondem a cada uma das palavras escritas.
A Hipótese da Criança e as Cartilhas
Segundo as pesquisas a que vimos nos referindo, para que alguma coisa sirva para ler é preciso que contenha certo número de letras, variável entre dois e quatro. Letra sozinha não representa nada escrito. De nada servem, também, conjuntos com letras repetidas, pois elas entendem que só podem ser lidas palavras que contenham letras diferentes. Uma explicação para tal seria que em seu dia a dia, observam que o comum é encontrar palavras formadas por uma variedade de letras.
Compreende-se pelo olhar de Emília Ferreiro que a escrita é um objeto de conhecimento e que a criança tem o direito de tentar descobrir este conhecimento. As boas idéias fornecidas, surgirão antes da escrita, assim a criança teráoportunidade de interagir com diversos textos, formular hipóteses, testar, reformular, enfim construir o conhecimento, sabendo que a sua individualidade está sendo respeitada.Tudo que se for trabalhar com a criança é importante verificar qual o sentido que a historinha, o conto, tem para ela. Será a partir desta construção que ocorrerá o desenvolvimento da criança.Desta forma destaca-se que falar e escrever são dois fenômenos comportamentais que exigem uma interação para que haja comunicação.Encaminhar o aluno a atividades reflexivas poderá ser a grande escolha, a grande chave do segredo para as descobertas das crianças.Afinal, a criança é um ser pensante dotada de argumentos. Porque o padrão cultural do aluno oferece suporte para a exploração do conhecimento.É interessante instigar, provocar sua imaginação porque a partir dessa prática pedagógica poderão surgir grandes aprendizados tanto na escrita quanto no desenvolvimento cognitivo. Reestruturar palavras, frases e textos fazem parte de construção do conhecimento.
Assim, pode-se dizer que a construção do conhecimento é útil na funcionalidade da educação brasileira, os professores estariam preparados para situações novas, não exercendo uma atividade intencional ou planejada. A representação do sujeito cognitivo, é que definiria a forma de agir do professor.Sabe-se que o construtivismo é uma teoria à respeito do aprendizado.E quem acabou adotando essa teoriafoi a psicóloga Emilia Ferreiro, nascida na Argentina em 1936, ex-aluna de Jean Piaget, onde adotou a teoria do seu mestre.Essa teoria foi adotada no Brasil à partir da década de 80,mudando assim a prática da alfabetização.Sendo assim , o professor que adota a prática da construção do conhecimento,fundamenta-se nas vivências do aluno, respeitando as suas individualidades,dentro do contexto em que ele está inserido,Nesse processo de construção,é importante salientar que as crianças vivenciam vários estágios de desenvolvimento para que a sua inteligência possa torná-lo um ser humano mais independente nas ações.Acredita-se que é o método de interação é que deve ser ressaltado na real necessidade do aluno, nos diversos momentos do seu aprendizado.Entende-se que a psicóloga,Emilia Ferreiro, seguidora da Teoria de Piaget, que se fundamenta nas funções cognitivas e da moralidade da criança, acredita-se que antes de tudo, tentam entender a imediata experiência das crianças, como elas vivem, percebem e entendem o mundo.Assim sendo ao desenvolver-se,vão mudando e adaptando-se ao meio em que vivem.
Jean Piaget, não pretendeu construir uma teoria pedagógica; seus comentários sobre a educação restringem-se a alguns textos de sua autoria, destacando-se a extensão do método clínico, que pode ser interpretado como uma atitude de observação, para compreender a verdadeira dificuldade existente. (Goulart, 1987)
O ideal seria que houvessem adaptações feitas pelos professores, dos materiais existentes em função do caminho intelectual do aluno, buscando sempre a construção do conhecimento.



Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
Alfabetizar é Construir publicado 23/01/2008 por marinete soares em http://www.webartigos.com



Fonte: http://www.webartigos.com/articles/3834/1/Alfabetizar-e-Construir/pagina1.html#ixzz1HwGY35a3

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