Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó está no telefone”. A mãe largava a louça na pia e corria até a sala. Encontrava o telefone mudo. O garoto havia inventado a morte do cachorro, nota dez, em matemática, gol de cabeça em campeonato de rua.
A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai crescer igual ao do Pinóquio”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá mentindo é você. Não existe gente de madeira”. O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará”. Felipe ficava pensativo, mas no dia seguinte...
Então aconteceu o que seu pai alertara, Felipe assistia o programa na TV. A apresentadora ligou para o telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: "É verdade, mãe. A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É verdade". A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em silêncio.
Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...
Sugestão de aplicação.
Vou realizar hoje, uma roda de leitura, conversar com eles sobre falar mentiras, reviver trechos da leitura, configurar o certo e o errado e trabalhar de forma que compreendam que a mentira não é o melhor caminho.
No segundo momento estarão colando o texto no caderno de Conhecimentos Gerais, solicitarei que circulem todas as palavras que já aprendemos e no final registrem em letra cursiva.
Objetivo: Trabalhar a mentira trazendo o aluno a compreensão da verdade, trabalhar o reconhecimento da leitura e escrita na interação com os colegas.
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