Estarei usando dois essa semana: "O homem que sabia javanês" 7 "Se eu Fosse um esqueleto"
Completei o Texto com algumas atividades, vai a dica de uma nova atividade então. Faça a leitura com seus alunos!
Nome:
_________________________ Data: _________ Turma: ____
Se eu Fosse um esqueleto
(Conto de Ricardo de
Azevedo)
Se eu fosse esqueleto não ia poder tomar água
nem suco porque ia vazar tudo e molhar a casa inteira.
Tirando isso, ia acordar e pular da cama feliz como um passarinho. É que ser uma caveira de verdade deve ser muito divertido. Por exemplo. Faz de conta que um banco está sendo assaltado. Aqueles bandidões nojentões, mauzões, armados até os dentões, berrando: - Na moral! Cadê a grana? Se eu fosse esqueleto, entrava no banco e gritava: bu!
Bastaria um simples bu e aquela bandidagem ia cair dura no chão, com as calças molhadas de úmido pavor. O gerente e os clientes do banco iam agradecer e até me abraçar, só um pouco, mas tenho certeza de que iam. Se eu fosse caveira, de repente vai ver que eu ia ser considerado um grande herói.
Tirando isso, ia acordar e pular da cama feliz como um passarinho. É que ser uma caveira de verdade deve ser muito divertido. Por exemplo. Faz de conta que um banco está sendo assaltado. Aqueles bandidões nojentões, mauzões, armados até os dentões, berrando: - Na moral! Cadê a grana? Se eu fosse esqueleto, entrava no banco e gritava: bu!
Bastaria um simples bu e aquela bandidagem ia cair dura no chão, com as calças molhadas de úmido pavor. O gerente e os clientes do banco iam agradecer e até me abraçar, só um pouco, mas tenho certeza de que iam. Se eu fosse caveira, de repente vai ver que eu ia ser considerado um grande herói.
Fora isso, um esqueleto perambulando na rua em
plena luz do dia causaria uma baita confusão. O povo correndo sem saber para
onde, sirenes gemendo, gente que nunca rezou rezando, o Exército batendo em
retirada, aquele mundaréu desesperado e eu lá, todo contente, assobiando na
calçada.
Um repórter de TV, segurando o microfone, até podia chegar para me entrevistar:
- Quem é você?
E eu: - Sou um esqueleto.
E o repórter: - O senhor fugiu do cemitério?
Aí eu fingia que era surdo: - Ser mistério?
E o repórter, de novo, mais alto: - O senhor fugiu do cemitério?
- Assumiu no magistério?
- Cemitério!
- Fala sério? Quem?
Aí o repórter perdia a paciência: - O senhor é surdo?
E eu: - Claro que sou! Não está vendo que não tenho nem orelha?
Se eu fosse esqueleto talvez me levassem para a aula de Biologia de alguma escola. Já imagino eu lá parado e o professor tentando me explicar osso por osso, dente por dente, dizendo que os esqueletos são uma espécie de estrutura que segura nossas carnes, órgãos, nervos e músculos.
Fico pensando nas perguntas e nos comentários dos alunos:
- Como ele se chamava?
- É macho ou fêmea?
- Quantos anos ele tem?
- Tem ou tinha?
- Magrinho, não?
- O cara sabia ler ou era analfabeto?
- E a família dele?
- Era rico ou pobre?
- O coitado está rindo de quê?
E ainda: - Professor, ele era careca?
Enquanto isso, eu lá, no meio da aula, com aquela cara de caveira, sem falar nada para não assustar os alunos e matar o professor do coração. Uma coisa é certa. Deve ser muito bom ser esqueleto quando chega o Carnaval. Aí a gente nem precisa se fantasiar. Pode sair de casa numa boa, cair no samba, virar folião e seguir pela rua dançando, brincando e sacudindo os ossos. Parece mentira, mas, no Carnaval, porque é tudo brincadeira, a gente sempre acaba sendo do jeito que a gente é de verdade.
Se eu fosse esqueleto, quando chegasse o Carnaval, ia sair cantando:
Quando eu morrer
Não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela
Todo mundo sabe que o maior amigo do homem é o cachorro.
O que a maioria infelizmente desconhece e a ciência moderna esqueceu de pesquisar é que o pior inimigo do esqueleto late, morde, abana o rabo, carrega pulgas e aprecia fazer xixi no poste.
E se eu fosse esqueleto e por acaso um vira-lata me visse na rua, corresse atrás de mim e fugisse com algum osso dos meus?
Fonte: Nova Escola
1. Qual
o título do conto?
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2. Você
acha que ser um esqueleto seria divertido? Por quê?
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3. Explique
o trecho “Se eu fosse esqueleto, entrava no banco e
gritava: bu”!
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4. Se
você fosse gerente desse banco iria agradecer ou ficar com medo? Por quê?
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5. Modifique
o trecho supondo que a caveira não tem olhos:
Um repórter de TV, segurando o microfone, até podia chegar
para me entrevistar:
- Quem é você?
E eu: - _______________________________.
E o repórter: - _________________________________________?
Aí eu fingia que “_____________________”: - _________________________?
E o repórter, de novo, mais alto: - _________________________________________?
- _______________________________?
- ____________________________________!
- ______________________________
Aí o repórter perdia a paciência: - _______________________?
E eu: - Claro que sou! Não está vendo que não ________________________?
- Quem é você?
E eu: - _______________________________.
E o repórter: - _________________________________________?
Aí eu fingia que “_____________________”: - _________________________?
E o repórter, de novo, mais alto: - _________________________________________?
- _______________________________?
- ____________________________________!
- ______________________________
Aí o repórter perdia a paciência: - _______________________?
E eu: - Claro que sou! Não está vendo que não ________________________?
6. Conhece
alguma marchinha de carnaval que o esqueleto podia pular? Escreva ela.
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7.
Imagine e descreva a caveira pulando carnaval.
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8.
Mesmo no carnaval se você visse uma caveira
andando pela rua, você se assustaria? Por quê?
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9.
As perguntas que o esqueleto ficou pensando...
vamos responder? (resposta pessoal)
Como ele
se chamava?
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- É macho ou fêmea?
- É macho ou fêmea?
________________________________________________________________________________________
- Quantos anos ele tem? - Tem ou tinha?
________________________________________________________________________________________
- Magrinho, não?
________________________________________________________________________________________
- Magrinho, não?
________________________________________________________________________________________
- O cara sabia ler ou era analfabeto?
_________________________________________________________________________________
- E a família dele?
- E a família dele?
_________________________________________________________________________________
- Era rico ou pobre?
_________________________________________________________________________________
- Era rico ou pobre?
_________________________________________________________________________________
- O coitado está rindo de quê?
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E ainda: - Professor, ele era careca?
E ainda: - Professor, ele era careca?
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10.
Por que o esqueleto tem medo de cachorros, se
gatos e outros animais também comem ossos?
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11.
Mudando o sentido dando o antônimo das palavras
entre parênteses:
Quando
eu _________________(morrer)
Não
quero _______________nem vela. (choro)
Quero
uma fita ______________ (amarela)
______________com
o nome dela. (Gravada)
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