Pedagogia - Monique Bertoldi Maurício
O Livro, Escola e Democracia crítica reflexivamente a situação educacional explicando os diferentes aspectos da sociedade, em seus momentos político-históricos. Definindo a educação de modo observar a sociedade dominante e o dominado, trazendo críticas expressivas, realizando um paralelo comparativo entre a educação tradicional, a escola nova e o tecnicista.
Escola e Democracia
Observando a questão da democracia na educação brasileira o livro inicia-se referindo as não críticas e as críticas-reprodutivas, sem dar específica ênfase maior há uma delas, o autor explica a situação geral da Educação em seus períodos históricos e políticos, abrangendo a situação da violência, de uma sociedade desigual e mal estruturada, que tende a passar por diversas modificações inclusive no sistema educacional, tratando como assuntos principais a Pedagogia Tradicional, a Escola Nova e o Ensino tecnicista.
Expondo que Pedagogia Tradicional revela-se na escola ter como ser central o professor, dono de todo o saber, ou seja, de um conhecimento cultural amplo e único responsável pelo aprendizado do aluno faz um eixo Iniciando uma explanação sobre a Escola Nova referindo-se ao professor que passa a ser o orientador, quem estimula a aprendizagem, e o aluno por sua vez é o centro do aprendizado, depende do aluno a iniciativa principal e não mais do professor. O ambiente também é outro, é estimulador começa a existir uma relação de interação entre professores e alunos, que não existia na Pedagogia Tradicional, entretanto também questiona um pouco da liberdade dada ao aluno.
Já com o Ensino Tecnicista a posição professor e do aluno se torna algo secundário, levantando a hipótese que o aluno pouco sabe culturalmente e sim que é um ensino mais voltado para o campo técnico-profissionalizante.
Dentro de suas teorias mostra que a crítica-reprodutiva se classifica em uma educação que têm como função a reprodução das desigualdades sociais, onde o estado explora dentro do sistema capitalista, utilizando-se de um mecanismo de funcionamento que não poderia diferente, pois demonstra a necessidade lógica e histórica de uma sociedade capitalista.
Texto As Onze teses da educação brasileira
Abrangendo todas as onze teses da educação brasileira observa-se que o ensino no Brasil passou e ainda passa em seus períodos históricos e políticos por diversas transições, no feudalismo, por exemplo, era transmitido o conhecimento por mero interesse a determinados servos, o que nem sempre era bem visto, pois estimulava a desigualdade social.
O Ensino tradicional e o tecnicista geravam divergências sociais, pois retratava o período feudal de certa forma em um sistema capitalista, onde existia o dominante e o dominado, afinal a educação não poderia mais ser privilégio de poucos e sim deveria ser para todos e isso nasceu com a Escola Nova, no entanto foi o sistema mais criticado no livro, por não ser executada de uma forma mais equilibrada, deu-se uma liberdade evidente ao aluno que não soube administra-la, e perderam-se alguns valores como o respeito pelos professores, gerando uma ruptura da diferença entre o ensino e a pesquisa, segundo o autor empobrecendo o próprio ensino. A Escola Nova pregava a Democracia e não era este o sistema utilizado no âmbito escolar. Suas teses, primeiro foram escritas separadas uma das outras embora a política e a escola sejam assuntos diferenciados uma não existe sem a outra.
Concluindo a educação desde o início dos tempos é fundamental, porém deve haver todo um planejamento educacional político pedagógico que nos façam aprender com nossos erros e tornar o ensino cada vez mais valorizado e igualitário, sem tanta desigualdade. O Livro Escola e Democracia é muito atual mesmo tendo sido escrito há muitos anos, pois retrata o que só agora vêm se modificando que é a democracia na escola. Suas criticas têm fundamento, pois o aluno não constrói conhecimento sozinho, precisa do auxilio de professores e esses precisam ser mais respeitados. Hoje não temos mais uma direção escolar e sim uma gestão, parece só uma mudança de denominação, mas não é! É realmente uma mudança, onde os gestores realizam uma abertura com considerações entre professores, funcionários e uma maior participação de comunidade e alunos. Nada ainda é totalmente perfeito, afinal não são todas as escolas que se revelam democraticamente gestoras de educação, mas já é o início.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do Nosso Tempo: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 08.ª ed. Editora Cortez e Editora Autores Associados – São Paulo, SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário